Metade dos vereadores de Teresópolis são alvos de prisão em uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (25).
Cinco dos seis vereadores alvos da Operação Ananas (abacaxi em francês) foram presos até as 8h45. Há sete mandados de busca e apreensão decretados, um deles na Câmara Municipal.
Até as 8h45, cinco parlamentares já haviam sido presos. Também estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão, um deles na Câmara da cidade.
Mandados de prisão
- Claudia Lauand, a “Dra. Claudia”
- Eudilbelto José Reis, o “Dedê da Barra”
- Leonardo Vasconcellos de Andrade
- Luciano dos Santos Cândido, o “Pastor Luciano”
- Rocsilvan Rezende da Rocha, o “Rock”
- Ronny Santos Carreiro
A operação é feita pelo grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (Gaocrim) do MP e a Delegacia Fazendária da polícia, com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ).
Contratos sem licitação
Ao longo das investigações foi comprovado que os vereadores, agindo por conta própria, se uniram para exigir do ex-prefeito Mario de Oliveira Tricano a indicação de empresas a serem contratadas, sem as devidas licitações, para realização dos serviços de iluminação pública municipal, serviços cemiteriais, estacionamento rotativo pago e saneamento básico no município.
Os parlamentares também exigiram a contratação de pessoas indicadas por eles para cargos comissionados no poder executivo. Para terem suas demandas atendidas, eles ameaçaram o ex-prefeito de rompimento político e cassação do mandato.
O vereador “Pastor Luciano” foi denunciado também por corrupção ativa. Ele é suspeito de oferecer a um ex-secretário do município o pagamento de R$ 300 mil por mês, em troca da indicação de uma empresa para prestação do serviço de coleta de lixo na cidade.
Já a vereadora Claudia Lauand é acusada de crime de peculato, por empregar em seu gabinete seu marido, Gerson Ribeiro dos Santos Júnior, e Rosana Gomes da Costa Santos, mesmo ciente de que eles jamais exerceriam qualquer função dentro da Casa. Rosana teria ficado com uma pequena parte dos R$ 5,7 mil referentes ao salário de chefe de gabinete. O restante do dinheiro, ela devolvia à vereadora. Diante dos fatos, a Justiça solicitou a devolução de quase R$ 90 mil aos cofres municipais.
Fonte: G1