A venda de veículos caiu 26,6% em 2015, com a comercialização de 2,57 milhões de unidades. Em 2014, foram vendidas 3,50 milhões de unidades. Conforme dados divulgados hoje (7) em São Paulo pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em dezembro de 2015 foram negociadas 227,8 mil unidades, 16,7% a mais do que em novembro (195,2 mil). Na comparação com dezembro do ano anterior, quando foram comercializados 370,0 mil veículos, houve queda de 38,4%.
Em 2015, a produção caiu 22,8% (2,43 milhões) na comparação com o ano anterior, quando a produção alcançou 3,15 milhões. Em dezembro de 2015 foram produzidas 142,9 mil unidades, contra 204,0 mil de dezembro de 2014, o que representou uma queda de 30,0%. Ante o mês de novembro, quando a produção foi de 175,1 mil unidades, houve queda de 18,4%.
“As vendas em 2015 se equiparam às de 2007, ou seja, tivemos um recuo de oito anos na comercialização. Chama a atenção para a queda no segmento de caminhões, de quase 48%, e ônibus, com quase 39%. Esse ano não foi positivo, porque as questões políticas influenciaram em demasia a confiança do consumidor e contaminaram a economia de maneira forte”, afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Moan.
“Com a produção anual, voltamos ao ano de 2006. Houve adequação ao mercado interno e ao nível de estoque, que estava atingindo níveis absolutamente incompatíveis com o desempenho saudável do nosso segmento. Em termos de estoque, fechamos ao ano com 271 mil unidades. Em dias úteis, fechamos com 36 dias de estoque”, acrescentou Moan.
As exportações de autoveículos chegaram a 416,9 mil unidades em 2015, crescimento de 24,8% na comparação com o ano anterior, quando foram comercializadas 334,2 mil unidades no mercado externo. Em dezembro, foram exportados 46,2 mil veículos, 97,2% a mais do que em dezembro de 2014 (23,4 mil). Na comparação com novembro (36,5 mil), foi registrado aumento de 26,5%.
Em valores, as exportações registraram queda de 8,7% no ano, chegando a US$ 10,4 milhões. “Apesar do crescimento em unidades, a queda em valor se dá em por conta do mix, porque exportamos peças em maior preço do que havíamos feito em 2014.”
Segundo Moan, o setor fechou o ano com 130 mil funcionários diretos, uma queda de 10,2% na comparação com 2014.
“Estamos entre 2009 e 2010, demonstrando claramente a preocupação do setor com a manutenção ao máximo do nível de emprego, o que consideramos fundamental. Até por isso buscamos, no decorrer do ano, a aprovação de uma forma de proteção adicional, o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que estamos utilizando ao máximo. Para se ter ideia, fechamos o ano com 5,1 mil funcionários em lay-off e 35,6 mil no PPE”.
A Anfavea estima que, em 2016, a produção fique estável, com crescimento de 0,5%, as vendas internas caiam 7,5% e as exportações em unidade de autoveículos cresçam 8,1% (veículos leves, 7,7% e pesados 12,4%).
Fonte: Agência Brasil