Com capacidade máxima, a Usina de Itaipu, no Paraná, bateu na segunda-feira (29) o recorde de produção de energia para o mês de janeiro, passando de 8,78 milhões megawatts-hora (MWh).
A melhor marca histórica para o mês havia sido registrada em janeiro de 2017, quando foram produzidos 8,74 milhões de MWh.
Itaipu é responsável por 17% da energia consumida no Brasil e 76% da demanda paraguaia.
O bom desempenho da binacional, aponta o diretor técnico executivo brasileiro da usina, Mauro José Carbellini, é resultado de vários fatores como a potência instalada de 14 mil MW – a segunda maior do mundo -, a demanda nacional por energia e as condições hidrológicas favoráveis.
Nas últimas semanas, com as chuvas constantes na Bacia do Rio Paraná, o reservatório de Itaipu tem recebido cerca de 20 milhões de litros de água por segundo. Na produção de energia são usados 14 milhões l/s.
O que “sobra”, explica, precisa ser escoado pelo vertedouro de forma controlada para que não haja enchentes tanto acima como abaixo da usina.
Pagando menos
“Mesmo vertendo o excedente de água do reservatório desde dezembro do ano passado, conseguimos contribuir para o sistema elétrico nacional de forma significativa. Se não fosse Itaipu, o brasileiro pagaria muito mais pela energia elétrica”, destaca Carbellini.
Ainda segundo o diretor, o preço da energia leva em conta, entre outros, os custos da produção, de transmissão e de distribuição, sobre o qual incidem impostos como o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), diferente em cada estado.
O acionamento de usinas termelétricas, que tem custo maior, também interfere no preço final ao consumidor.
Na sexta-feira (26), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária de fevereiro continuará na cor verde, o que significa que não haverá cobrança extra nas contas de luz.
“Em dezembro, quando começamos a verter, os reservatórios das usinas do sudeste, por exemplo, estavam com 20% da capacidade. Hoje, já passa de 40%. Com mais condições, Itaipu é acionada pelo ONS [Operador Nacional do Sistema Elétrico] até que as outras hidrelétricas recuperem sua capacidade de produção com o máximo de matéria-prima que tenham à disposição”, observa Cabellini.
Fonte: G1