Pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla terão nova opção de tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), o medicamento teriflunomida, adquirido pelo Ministério da Saúde. A novidade vai atender à pelo menos 12 mil pacientes, que já são atendidos pela rede pública. A previsão é de que o remédio esteja disponível em até cinco meses, de acordo com o órgão.
A nova medicação, segundo pesquisas, reduz os riscos ao paciente, além de diminuir os surtos e a progressão da doença. Ela também é considerada inédita na primeira linha de cuidado, por via oral.
Atualmente, o SUS oferece seis medicamentos para o tratamento da doença: betainterferona (1a injetável e1b injetável); glatiramer (20 mg injetável); fingolimode (0,5mg); natalizumabe (300 mg); azatioprina (50 mg) e o metilprednisolona (500mg). Os dois primeiros – comumente escolhidos para início de tratamento – também são considerados de baixo risco, assim como o novo, teriflunomida.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
A Esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune que acomete o sistema nervoso central (SNC), mais especificamente a substância branca, causando desmielinização e inflamação. Sua manifestação é comum em adultos na faixa entre 18 e 55 anos. Há quatro formas de evolução clínica: remitente-recorrente (EM-RR), primariamente progressiva (EM-PP), primariamente progressiva com surto (EM-PP com surto) e secundariamente progressiva (EM-SP); sendo que a primeira é a mais comum.
Os sintomas mais comuns são neurite óptica – inflamação que pode causar perda parcial ou completa da visão; paresia ou parestesia de membros (refere-se às sensações cutâneas como formigamento, pressão, frio ou queimação); disfunções da coordenação e equilíbrio; mielites (prolemas neurológicos); disfunções esfincterianas e disfunções cognitivo-comportamentais, de forma isolada ou em combinação.
Fonte: O Globo