Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o Rio de Janeiro foi destaque na produção industrial em setembro. Com um índice de 8,7%, o estado foi o que obteve melhor resultado entre os 14 locais analisados, em comparação com agosto. Em relação a setembro do ano passado, a indústria fluminense avançou 11,3%.
Os resultados positivos obtidos pelo Rio de Janeiro foram impulsionados pelos setores de derivados do petróleo e biocombustíveis, além de veículos automotores. No entanto, nem todas as unidades da federação registraram elevação no indicador. Estados como Espírito Santo, Ceará, Rio Grande do Sul e Amazonas ficaram com a taxa da produção industrial abaixo de zero.
Diante dos resultados, economistas acreditam que o setor industrial precisa ter maior participação na economia nacional. É o caso do gerente-executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. Para o especialista, atualmente, o setor é responsável por 21,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, mas ainda depende de alguns fatores para aumentar a produtividade no país. “Nós precisamos fazer com que produzir no Brasil custe menos. Custos associados ao salário, aos encargos têm que ser menores. Com mais produtividade, os salários vão crescer.”
Ainda de acordo com o IBGE, no acumulado do ano, o Rio de Janeiro cresceu 2,8%. O deputado Federal Celso Pansera (PMDB-RJ) vê potencial na indústria brasileira, mas acredita que o segmento precisa de um investimento maior por parte do governo. “O Brasil tem um mercado promissor e tem mão de obra qualificada para isso, mas o governo tem que investir em inovação e modernização”, disse.
No Brasil, o setor industrial é responsável por 22,2% do emprego formal, 22% da massa de salários e por 38,1% das exportações, segundo dados da Confederação Nacional da Industria.