Mesmo com a chegada da Primavera e o início da chuvas, é preciso ficarmos alertas com queimadas. Neste final de semana, um incêndio atingiu cerca de 6 quilômetros de vegetação nativa na zona rural da cidade de Boa Ventura, no Sertão da Paraíba. De acordo com Corpo de Bombeiros, foi preciso trabalhar aproximadamente mais de quatro horas para que o fogo fosse apagado. Casos como este são frequentes em todos os Estados brasileiros, afinal, eles são atingidos pelo tempo seco em diferentes meses do ano. No Pará, por exemplo, o pior período para ocorrência de incêndios é entre agosto e novembro. Os Estados do Centro-Oeste são atingidos entre julho e novembro. Já em Roraima, é no fim e início do ano, de dezembro a março, e no Sudeste, entre julho e setembro.
O fato que preocupa é que a maioria dos incêndios florestais no Brasil tem origem na ação humana, podendo começar de forma proposital ou por descuido. Por isto, o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Soavinski, faz um alerta para a população.
“Tomem cuidado. Não acenda fogueira próximo de áreas naturais, mesmo distante. Às vezes vem o vento e leva uma fuligem, e às vezes uma fuligem causa um grande incêndio. Estes incêndios trazem prejuízos para a flora, para a fauna e prejuízo às vezes também chega em áreas residenciais, perdendo casas, enfim… colocando em risco a própria vida das pessoas.”
Neste ano, os cinco Estados que tiveram mais focos de incêndios foram: Pará, Mato Grosso, Tocantins, Amazonas e Maranhão. O monitoramento de queimadas em imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o InfoQueima, consegue identificar qualquer incêndio em qualquer parte do país e atualiza os dados a cada três horas, todos os dias do ano. O programa consolida todas as informações em um relatório diário, com tabelas e gráficos, que permitem o uso das informações para trabalhos de combate aos incêndios, especialmente por grupos de brigadas de bombeiros e por secretarias de meio ambiente.
Além disso, o Brasil é o país da América da Sul que mais apresenta focos de incêndio – segundo o Inpe – ficando a frente da Argentina, Paraguai, Bolívia e Venezuela.
Então, faça você também a sua parte: Não jogue pontas de cigarro em estradas ou rodovias. Não queime lixo, nem jogue em terrenos baldios. Não solte balões. Na agricultura, só faça queimadas com autorização dos órgãos competentes e, ao perceber um foco de incêndio, ligue imediatamente para 193.
Fonte: Agência do Rádio