O festival que vai acontecer em setembro, já está com as inscrições abertas. A equipe do Teresópolis Jornal recebeu George Campista (foto), professor, que falou um pouco sobre o festival. “Esse festival acontece há 7 anos. É um festival amador, de estudantes. O mais interessante é a mobilização dos alunos, principalmente das escolas públicas e agora também das escolas particulares e pega o gancho dessa geração que trabalha com vídeo no YouTube, na internet, essa galera que gosta de mostrar vídeos. Esse é o intuito, fazer com que esse jovem produza vídeo de qualidade e a gente possa movimentar a cidade culturalmente.”
O festival ocorre em setembro, nos dias 13, 14 e 15, às 10 horas, na Casa de Cultura Adolpho Block, no bairro de Fátima, entrada franca. Terá música, teatro, dança e vídeo. A divulgação está sendo realizada com bastante antecedência, porque a produção de vídeos demanda tempo e dessa forma um maior número de interessados poderão se inscrever. “Estamos convidando os jovens que fazem vídeos e gostam de colocar material no Youtube para participar. Basta acessar o site, www.festivalcinemateresopolis.com.br e fazer a inscrição. O edital com as informações técnicas sobre tempo de filme e formato estão lá também. É a chance de todos participarem do Festival de Cinema de Teresópolis”, frisou George Campista.
O evento que é aberto a todo público, em outras edições, apresentou vídeos muito interessantes, com temas importantes e em um nível quase profissional. Na edição de 2015, segundo George, houve um curta chamado ‘Vícios’, que não usava a linguagem verbal, os personagens não falavam, o vídeo tratava a respeito das drogas e utilizou a linguagem do som para atrair pessoas quanto ao o uso de determinadas substâncias. O vídeo chamou muito a atenção pela qualidade técnica e pela abordagem que os jovens conseguiram construir.
Quem estiver interessado em fazer a inscrição, mas mesmo acessando o site ficar com alguma dúvida, pode procurar o professor. “O site, já tem uns dois anos, ele está todo preparado pra direcionar a pessoa, mais se por acaso, alguém precisar de algum apoio, orientação, é só nos procurar no Colégio Estadual Euclides da Cunha,” finalizou George Campista.
Conhecendo um pouco o projeto:
No ano de 2011, como desdobramento do Projeto Cinema na Escola (projeto voltado para a produção de trabalhos áudios-visuais), ocorreu a primeira edição do Festival de Cinema, no Sesc- Teresópolis. A primeira edição foi um projeto piloto e, por isso, foi um evento interno (com as produções realizadas pelo Colégio Estadual Euclydes da Cunha). Com o êxito do primeiro trabalho, a segunda edição, já na Casa de Cultura Adolpho Bloch, contou com a participação de vídeos de outros colégios da cidade. As edições subsequentes foram ampliando ainda mais os objetivos: novas categorias criadas, inscrições abertas para todos os amantes do cinema amador e grandes colaboradores. Notadamente, a Escola Ginda Bloch se firmou como parceira de vários
grandes trabalhos: O BÊBADO E A EQUILIBRISTA, PRESENÇA, LAMPIÃO E OS ZUMBIS DO SERTÃO E NÚMERO ERRADO foram alguns dos exemplos que brindaram as noites de exibição em várias edições. Música,dança e teatro também se fizeram presentes com números de qualidade e beleza. Artistas como Robson Monteiro e sua Usina do Som, a banda Seu John e o rock cheio de atitude dos anos 90, a Top Street Dance e a magia dos movimentos da dança de rua, Stelly Branco e Ana Carolina, a docilidade de duas lindas vozes, enfim, inúmeros jovens escreveram histórias ao longo do tempo de um projeto que começou dentro de uma sala de aula, saiu da escola e ganhou vida própria: FESTIVAL DE CINEMA DE TERESÓPOLIS. O projeto nasceu da necessidade da utilização de novos instrumentos de auxílio no processo ensino-aprendizagem. No ano de 2006, com pouca estrutura e muita vontade de fazer o novo, um pequeno grupo de alunos do 2º ano do Ensino Médio, no município de São Gonçalo (região metropolitana do Rio), desenvolveu um pequeno filme: Célio, Eu? Foi o começo de tudo. Em oito anos de trabalho, o PROJETO CINEMA NA ESCOLA produziu DEZ vídeos, CINCO festivais de cinema, QUATRO escolas de municípios diferentes envolvidas no processo. Ao longo do projeto, muitos alunos trabalharam com ROTEIRO, EDIÇÃO, SONORIZAÇÃO, APRESENTAÇÃO, COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS.