Lesões que aparecem na pele nem sempre se originam nela. O linfoma cutâneo de células T (LCCT), por exemplo, se refere a um grupo de linfomas não Hodgkin que são derivados de linfócitos T, um tipo de glóbulo branco. Ou seja, este câncer ataca as células do sangue responsáveis pela defesa do organismo. Os sintomas, no entanto, costumam aparecer na pele como lesões semelhantes a de problemas benignos.
— Essa doença é de difícil diagnóstico porque pode ser confundida com eczemas, dermatites e alergias — afirma José Antonio Sanches, professor da USP e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
O LCCT representa menos de 1% de todos os tipos de cânceres, ainda não tem cura, e sua incidência anual é de um caso a cada cem mil habitantes no Ocidente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entre os tipos de LCCT, destacam-se dois subtipos: micose fungoide, que representa 50% a 70% de todos os casos e a síndrome de Sézari.
— São duas manifestações bem diferentes da mesma doença. A micose é a mais prevalente, tem evolução lenta e crônica e a sobrevida do paciente é alta. A Sézari é mais agressiva, então o paciente corre mais risco de morrer — explica a oncologista Tânia Barreto, gerente médica da Takeda Oncologia.
Segundo os especialistas, essa é uma enfermidade que afeta muito a qualidade de vida do paciente, já que as lesões aparecem na pele constantemente provocando isolamento. Eles reforçam que, por ser um tipo de câncer, a doença não é contagiosa.
FONTE: Jornal Extra