A Fifa publicou nesta segunda-feira os dossiês das duas aspirantes a sede da Copa do Mundo de 2026, com Marrocos enfrentando a candidatura conjunta de Estados Unidos, Canadá e México.
A escolha vai ser revelada no dia 13 de junho, véspera do início do Mundial da Rússia-2018.
Marrocos tenta organizar a competição pela quinta vez, na primeira edição do torneio que vai contar com 48 seleções e prevê o uso de 12 estádios. Cinco já estão construídos e serão modernizados, outros três ultramodernos estão projetados.
O dossiê Estados Unidos-Canadá-México se apoia em 23 cidades-sede pré selecionadas, das quais quatro são mexicanas, três são canadenses e 16 são americanas. Destas, sairão 16 cidades-sede definitivas, com estádios de capacidade média de 68.000 lugares “já construídos e operativos”.
Uma comissão de avaliação da Fifa composta por cinco pessoas vai analisar “in loco” as candidaturas, com autoridade de descartar automaticamente qualquer uma delas em caso de insuficiência.
“Me ocupo da avaliação de candidaturas há mais de 20 anos, em diferentes cargos, e desafio qualquer um a encontrar uma organização que realize um processo mais objetivo, transparente e justo”, explicou Gianni Infantino, presidente da Fifa, em comunicado.
Ainda assim, as prerrogativas desta comissão avaliadora e seu poder de invalidar uma candidatura geram críticas: “esse poder para descartar uma candidatura é totalmente anormal”, explica uma fonte africana.
“A ampla margem de atuação que se concede a essa comissão, cujas conclusões podem ser recorridas, é uma violação do princípio de dupla jurisdição”, avaliou outra fonte próxima a Confederação Africana de Futebol (CAF), que apoia o Marrocos.
Além disso, segundo esta fonte, os critérios de avaliação teriam sido modificados “a menos de 24 horas da entrega do dossiê marroquino, como por exemplo a distância máxima entre um estádio e o aeroporto”.
Enquanto continuam pesando suspeitas de corrupção a escolha da Rússia como sede da edição 2018 e do Catar da edição de 2022, Infantino indicou que a Fifa “foi severamente criticada pela forma em que realizou a escolha do país anfitrião no passado”.
“Era nossa obrigação extrair conclusões e não deixar dúvida ou subjetividade”, acrescentou o dirigente ítalo-suíço.
As 207 federações membro da Fifa vão escolher o organizador da Copa do Mundo-2026 no dia 13 de junho.
FONTE: JORNAL DO BRASIL