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Precariedade de ruas prejudica moradores e trabalhadores do Quebra Frascos

O Quebra Frascos é considerado um bairro nobre. A grande maioria das casas existentes no local são bem estruturadas. Em contrapartida o acesso aos locais está cada vez mais precário. Daí, quem mora no bairro começa a ter os mesmos problemas de quem vive numa área mais simples: falta de reparos no asfalto, na iluminação pública e coleta de lixo irregular. Mas se os moradores e trabalhadores pudessem citar o principal problema, com certeza bastaria olhar para o chão. Em alguns trechos os buracos mudam o percurso dos carros, que precisam desviar se quiserem continuar o caminho. Noutros, há menos de 10% do asfalto que um dia foi colocado. E a situação é ainda pior em algumas ruas que, segundo moradores, nunca receberam reparos. A Situação no local deixa um questionamento em comum entre os moradores e trabalhadores que atuam na área: pra onde vai o dinheiro do IPTU arrecadado?

O bairro tem uma das maiores cobranças de Imposto Predial Territorial e Urbano do município. Dependendo da propriedade, o valor aumenta consideravelmente. Mas parece que nem o valor do imposto pago é levado em consideração. “Eu trabalho na estrada Ministro Gama Filho, no ponto final do ônibus. Aqui não tem iluminação, nem asfalto. As crianças que moram lá em cima tem que andar isso tudo até chegar na escola Hilário Ribeiro, porque o coletivo já não sobe mais. Não há condições de passar nessa rua com o ônibus. Para chegarem na escola precisam sair muito cedo de casa e ir a pé. Quando chove, fica um lamaçal e elas vão debaixo de chuva estudar por causa desse descaso da Prefeitura”, contou a caseira Joseli Vasconcellos.

A entrevistada também frisou que até a coleta foi afetada por causa da precariedade das ruas. “Na Ministro Gama Filho eles não vem mais. Não pegam lixo aqui desde o carnaval. Fica tudo fedendo e dando bicho. A gente tem que levar pra lixeira lá fora. Nos feriados, os sítios ficam lotados e a gente com lixo espalhado, sem coleta. Fica terrível. Quando chove piora tudo. É um descaso total. O IPTU daqui e altíssimo e não sei o que eles fazem com isso. Tem sítio que paga em torno de R$2 mil, se for a vista. Tem um grande aqui em frente que paga R$17 mil por ano. É tudo caro”, desabafou.

Os problemas do bairro podem prejudicar até o veraneio. Pessoas com casa na cidade, que vem pra região nos finais de semana e feriados, já pensam em desistir dos imóveis. “Meu patrão, quando chega aqui, pergunta se a cidade tem mesmo prefeito. Muita gente que mora no Quebra Frascos já está falando em ir embora, porque fica com vergonha de receber uma visita. Aqui sempre chove, como a pessoa vai chegar na casa se não dá pra passar? Tenho uma vizinha que tem uma casa maravilhosa, ela disse que não tem coragem de trazer os amigos pra cá, por causa dessa estrada. A situação já está difícil, pra piorar o povo não vem pra cidade e a cidade não ganha dinheiro. Fica ruim pra todo mundo”, lembrou.

Diversas ruas e estradas do bairro estão na mesma situação. A rua Cássia, à esquerda na estrada Francisco Smolka, por exemplo, esconde problemas que não aparecem logo de cara, mas basta percorrer a área para constatar a falta de atenção. Segundo residentes, o ponto consta como asfaltado, mas não há indícios de reparos.

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