Balanço da infestação pelo mosquito Aedes aegypti no Rio, feito pela Secretaria Municipal de Saúde, entre os dias 18 e 24 de fevereiro deste ano, mostrou a menor quantidade de larvas do inseto na história do município para o período de verão: 0,9%. O resultado coloca a cidade na faixa verde, que representa baixo risco para ocorrência da doença. O índice é considerado satisfatório quando está abaixo de 1% de larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
De acordo com a secretaria, o baixo índice de infestação pelo Aedes aegypti se deve ao constante trabalho de prevenção, conscientização e colaboração da população. As ações de combate aos criadouros do mosquito são feitas o ano inteiro, mesmo nos meses de baixa incidência da doença, e reforçados nos meses mais quentes.
A prefeitura do Rio lançou, em novembro passado, o Plano Verão, com uma série de ações desenvolvidas na cidade nesta época, para minimizar possíveis problemas causados pelo fenômeno climático El Niño. Entre elas, o reforço nas ações de combate ao Aedes aegypti, por se esperar meses mais quentes e chuvosos, favoráveis à reprodução do mosquito.
A metodologia divide o município em estratos que variam de 8.100 a 12 mil imóveis com características semelhantes. Em cada região, são pesquisados pelo menos 433 imóveis. A pesquisa identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do Aedes aegypti. A metodologia permite saber, em curto espaço de tempo, quais áreas têm alta infestação, além de ser possível identificar quais os tipos de criadouros preferenciais em cada estrato, visando realizar atividades específicas e alertar a população por meio de mobilizações sociais.
O levantamento apontou ainda que 26,9% dos focos do mosquito estavam em depósitos fixos, como ralos, bombas, piscinas não tratadas, cacos de vidros em muros, toldos em desnível, calhas, sanitários em desuso, entre outros. Os criadouros do vetor ainda são muito encontrados em vasos e pratinhos de planta e em materiais descartados indevidamente, como recipientes plásticos, garrafas, latas, entre outros (ambos com 21,2%). Seguidos dos depósitos para armazenamento doméstico de água como tonel, tambor, barril, tina, filtros e potes (20,3%).
Fonte: Agência Brasil