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Teresópolis notifica o primeiro caso de Varíola dos macacos

A Secretaria Municipal de Saúde informa que Teresópolis notificou o primeiro caso de Montekypox, popularmente chamada de Varíola dos macacos. Morador do município, o paciente de 25 anos não tem relato de viagens para fora da cidade e apresenta boa evolução da doença. Ele é acompanhado por equipes da Divisão de Vigilância Epidemiológica de Teresópolis e de ambulatório especializado da UFRJ.  

Seguem orientações sobre a doença, transmissão, sintomas e cuidados domiciliares.

A doença

– A Varíola dos macacos é uma doença zoonótica viral causada pelo vírus Monkeypox (MPXV), em que a transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato animal ou humano infectado ou material contendo o vírus. Os casos foram inicialmente identificados na África e posteriormente em países da Europa. No Brasil já forma confirmados mais de 600 casos e o epicentro deste surto é o Estado de São Paulo.

– Vale ressaltar que apesar do nome, os macacos também são vítimas como os humanos e não devem sofrer quaisquer tipos de maus tratos.

Transmissão

– A transmissão entre humanos ocorre principalmente por contato próximo com lesões de pele das pessoas infectadas, como exemplo: abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou através das secreções respiratórias A transmissão também pode ocorrer pelo contato com objetos contaminados (roupas, roupas de cama, roupas de banho). 

Incubação

– O período de incubação é tipicamente de 6 a 13 dias e pode variar de 5 a 21 dias. Tem ocorrido com maior frequência em pessoas do sexo masculino e com idade variando de 25 a 35 anos.

Sintomas, tratamento e orientações gerais

– A pessoa infectada comumente inicia os sintomas com febre, dor no corpo, cansaço, dor de cabeça, fraqueza, dor nas costas, e presença de ínguas (linfadenopatia). Após 1 a 3 dias do início dos sintomas, o indivíduo apresenta as lesões na pele, no começo como uma pápula (parecida com uma pequena espinha), evoluindo como uma vesícula (bolha contento líquido claro), após como uma pústula (bolha contento pus) e depois uma ferida com crosta.

– A doença pode ser confundida com outras, como: catapora (Varicela), Herpes, Sífilis. Nos casos descritos no Brasil, as lesões acometem a região genital/anal, tronco e membros superiores, com concentração nas mãos. 

– De forma geral, a doença tem um prognóstico bom e a grande maioria dos casos é tratada no domicílio, sob supervisão da equipe de saúde em nível ambulatorial.

– Não existe tratamento específico para a doença.

– Em caso de suspeita, procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência.

Cuidados domiciliares

– Todo paciente confirmado com a doença deverá permanecer em ISOLAMENTO ATÉ QUE AS LESÕES CUTÂNEAS ESTEJAM COMPLETAMENTE CICATRIZADAS, o que em geral ocorre após 03 a 04 semanas.

1.      Não saia de casa, exceto para situações de emergência.

2.      Evite contato com outras pessoas.

3.      Use sempre máscara, lembrando de trocá-la a cada 02 horas.

4.      Evite contato íntimo com outras pessoas (relação sexual, abraços, beijos).

5.      Não compartilhe itens potencialmente contaminados: roupas de cama, roupas, toalhas, panos de prato, copos, talheres.

6.      Limpe e desinfete rotineiramente superfícies e itens comumente tocados.

7.      Não use lentes de contato para evitar infecções oculares.

8.      Não depile áreas do corpo que tenham erupções cutâneas.

9.      Se possível, use um banheiro separado das demais pessoas da casa. Se não for possível, o paciente deverá limpar (água e sabão) e desinfetar (água sanitária) todas as superfícies tocadas.

10.   Evite a contaminação de estofados e colchões cobrindo com material impermeável, como sacos plásticos ou lonas.

11.   Pratos, copos e talheres não devem ser compartilhados. A louça suja deve ser lavada com água morna e sabão.

12.   Roupas de cama, roupas e tolhas devem ser lavadas separadamente, com água morna e sabão.

13.   Evite contato próximo com animais, incluindo os de casa. Em geral, qualquer mamífero pode ser infectado.

14.    Os contactantes de casos não necessitam de isolamento e serão acompanhados pela atenção básica para identificar os sintomáticos.

A Prefeitura de Teresópolis reitera que o paciente e os contactantes estão recebendo acompanhamento e são monitorados pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde.

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