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Sociedade civil faz manifestação contra governo de Teresópolis

Cerca de 500 pessoas segundo a Polícia Militar participam do protesto contra a má gestão do governo municipal de Teresópolis, na Região Serrana do Rio. Embaixo da forte chuva que cai sobre a cidade, eles saíram da Matriz de Santa Tereza por volta das 17h e seguiram em direção à sede da prefeitura aos gritos de “Fora Arlei”. A manifestação é realizada pela sociedade civil em resposta ao que ao tumulto administrativo e à grave crise financeira da cidade.

Esta semana, uma carta aberta foi divulgada na cidade convocando a população a participar do protesto. Assinam o documento a Câmara de Diretores Lojistas, a Associação Comercial, o Sindicato do Comércio e outros 10 instituições de vários setores da economia e da sociedade. A carta lembra, ainda, que o prefeito Arlei Rosa é acusado de desmandos administrativos e uso indevido de verbas públicas, foi afastado pela câmara dos vereadores, mas voltou por força de uma ação judicial.

Entenda o caso
O prefeito Arlei de Oliveira Rosa é suspeito de ter uma evolução patrimonial incompatível com a sua renda, um salário de R$ 14,7 mil. O Ministério Público do Rio de Janeiro instalou um inquérito civil público para investigar o caso, a partir de uma denúncia de que o prefeito possui uma propriedade rural em Sapucaia, a 40 quilômetros de Teresópolis, onde mantém um mini-zoológico particular. No local seriam criados animais exóticos e um haras com cavalos de raça que são vendidos em leilões por cerca de R$ 100 mil cada.

Em 2008, quando se candidatou a vereador, Arlei Rosa declarou à Justiça Eleitoral que não tinha bens. Quatro anos depois, ao disputar a Prefeitura, informou ter bens que somavam mais de meio milhão de reais. A propriedade de Sapucaia não estava incluída na relação de bens declarados por Rosa. No cartório de Sapucaia não há imóveis registrados no nome dele mas, no catálogo de um leilão de cavalos, que aconteceu em agosto de 2014, o nome do prefeito aparece como proprietário do haras.

Segundo a denúncia recebida pelos promotores do MP, a propriedade de Sapucaia foi comprada por R$ 1,5 milhão, mas com as melhorias, hoje estaria valendo R$ 3,5 milhões.

No dia 18 de agosto, por oito votos a quatro, ele foi afastado pelo período de 90 dias da prefeitura. Na última quarta-feira (26), ele compareceu à Câmara dos Vereadores para prestar esclarecimentos à CPI. Ele entregou as declarações de imposto de renda e o contrato de arrendamento uma propriedade rural em Sapucaia.

Fonte: G1 Região Serrana

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