Notícias

Sem negociação, greve dos bancários chega ao 30º dia na Serra do Rio

A greve dos bancários completa 30 dias nesta quarta-feira (5) e sem previsão para chegar ao fim na Serra do Rio. Nenhuma nova rodada de negociação está agendada. Em assembleia do Sindicato dos Bancários realizada nesta segunda (3) em São Paulo, a categoria decidiu por permanecer paralisada até que os bancos façam uma proposta que atenda as reivindicações dos trabalhadores. Em Petrópolis, município que mantém sistema de rodizio para abertura das agências, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica estão fechadas.

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), 13.245 agências e 29 centros administrativos permanecem fechados em todo país. As cidades da Serra, que incluem Nova Friburgo, Teresópolis, Bom Jardim, Cachoeiras de Macacu,Cordeiro, Cantagalo, Trajano de Moraes, Santa Maria Madalena, Macuco, Sumidouro, Carmo e Duas Barras, somam 67 agências fechadas e 930 bancários em greve.

“Os bancos não têm desculpa para negar as reivindicações dos bancários. Além dos lucros semestrais terem chegado aos R$ 29,7 bilhões entre as cinco maiores empresas do ramo (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander), o setor continua a subir as taxas de juros para os clientes. Se o sistema financeiro tivesse a mesma disponibilidade de reajustar os funcionários na mesma medida em que cobram taxas aos clientes, os bancários teriam bons avanços”, explicou o presidente do Sindicado dos Bancários de Petrópolis, Marcos Alvarenga.

Na quarta-feira (28) passada, os bancários se reuniram com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mas o encontro terminou sem acordo, e os grevistas decidiram manter a paralisação. A greve já é mais longa do que a realizada pelos bancários no ano passado, que durou 21 dias. Segundo a Contraf-CUT, a greve mais longa da categoria na história foi em 1951 e durou 69 dias. Nos últimos anos, a que durou mais tempo foi a de 2004, com 30 dias.

Negociações
A Fenaban ampliou na quarta a oferta de abono para R$ 3,5 mil, com mais 7% de reajuste, extensivo aos benefícios. Também propôs que a convenção coletiva dure dois anos, com garantia, para 2017, de reajuste pela inflação acumulada e mais 0,5% de aumento real.

Segundo a Fenabam, a proposta “garante aumento real para os rendimentos da grande maioria dos bancários e é apresentada como uma fórmula de transição, de um período de inflação alta para patamares bem mais baixos”.

A proposta, no entanto, foi recusada. A categoria já havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

Atendimento
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.

Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.

Fonte: G1

Clique para Comentar

Deixe uma Comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Popular

To Top