O Tribunal de Contas do Rio de Janeiro fez um relatório para avaliar como está a educação nos primeiros anos de ensino — nas creches, pré-escolas e no ensino fundamental até o quinto ano. Dos 91 municípios do estado sem contar a capital 80 participaram da pesquisa do TCE.
A cidade de Teresópolis, na Região Serrana, teve o melhor resultado no índice calculado pelo Tribunal que mede o esforço das prefeituras para melhorar a educação nos municípios. Já Cabo Frio, na Região dos Lagos, foi a cidade com pior resultado.
A segunda cidade com pior resultado foi Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde pais e alunos reclamam da qualidade do ensino.
“Tem que ter horário integral para as crianças ficarem mais tempo estudando. Biblioteca, ar-condicionado, as salas com as cadeias melhores, estão quebradas, ventilador. Banheiro com espelho, descarga, ventilador do teto está quase caindo, janelas”, lamentou a estudante Lavínia de Souza.
O resultado da pesquisa aponta que ainda há muito o que avançar em educação em praticamente todas as cidades do estado.
“A gente percebe que os esforços estão aquém do que a sociedade almeja e aquém até da evolução em outros estados e no país. Os indicadores do Rio de Janeiro realmente demonstram que precisamos evoluir para melhorar a educação”, explicou o secretário-geral de planejamento do TCE-RJ Márcio Jandre.
Mais da metade das prefeituras (56% – 45 municípios) não monitora a taxa de abandono das crianças em idade escolar no ensino fundamental.
O plano nacional de educação estipulou como meta número um que todas as crianças de quatro a cinco anos estivessem na pré-escola em 2016, mas de cada dez crianças, duas (21,41%) não estavam estudando.
Outros números da pesquisa chamam atenção: quase 70% das prefeituras não têm nenhum programa para avaliar o rendimento escolar dos alunos e só três em cada 10 escolas municipais (32,50%) têm laboratórios ou salas de informática para as crianças.
A consequência de tantos problemas, segundo a especialista em educação Claudia Costin, é uma geração com sérias dificuldades de aprendizagem.
“Ele vai chegar no 5º ano com precariedades e quando a gente vai falar da crise do ensino médio, não é só o ensino médio, é o acumulo de deficiência de anos anteriores. A gente não pode continuar estragando gerações e gerações de crianças. Educação tem que ser já. Tem que ser agora”, disse Claudia.
Fonte: G1