“Criar uma unidade de conservação tem a ver com o desenvolvimento sustentável e atende o questão social, protegendo áreas de encostas para impedir ocupação e construção de casas, que geram tragédias como as que vimos em Petrópolis e Teresópolis há alguns anos”, explica Fernando Matias, superintendente de Biodiversidade e Florestas da Secretaria Estadual do Ambiente que apresentou a proposta de criação do Refúgio da Vida Silvestre Estadual na Serra da Estrela na consulta pública realizada no auditório do Colégio Estadual José Veríssimo, em Raiz da Serra na última quinta-feira (18).
O encontro faz parte do processo de criação da unidade de conservação que terá abrangência em Duque de Caxias, Petrópolis e Magé, que está na sexta etapa. Com a instalação do refúgio, a fauna, flora e recursos hídricos da região passam a ser protegidos por uma gestão diferenciada voltada a preservação do bioma da Zona da Mata Atlântica e também da sua importância histórica.
Para Maria Aparecida Rezende, diretora de Meio Ambiente de Magé, “a criação da unidade é um ganho inestimável, porque o município vem sofrendo muita degradação e desgaste de suas riquezas naturais. Temos quatro unidades de conservação a serem implantadas no município mas precisamos de recursos. Magé é um dos poucos municípios, que por lei, destina o ICMS Verde para um fundo. O saldo está próximo dos R$ 2 milhões e a partir da formação do próximo Conselho Municipal de Meio Ambiente será preparado o plano de ação”.
“Além da preservação local, a instalação do refúgio valoriza o potencial turístico, agregando valor ambiental e cria uma agenda positiva para a área de abrangência”, justifica Matias. A próxima fase desse processo segue no portal do INEA onde está liberada a consulta de documentos, apresentações e mapas da região da unidade de conservação na Serra da Estrela e ficarão disponíveis para a opinião pública por 15 dias.
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