Vinte e nove pessoas, entre elas nove crianças, buscaram abrigo na sede do Conselho Tutelar em Teresópolis na noite desta terça-feira (28). As famílias foram despejadas porque há três meses não recebem o aluguel social e, consequentemente, não pagaram os proprietários dos imóveis.
De acordo com o Conselho Tutelar, as famílias chegaram na noite desta terça-feira (28) dizendo que não têm para onde ir e que, por conta disso, têm medo de serem ameaçadas com relação à guarda dos filhos. Com doações de comidas, lençóis e alimentos, elas improvisaram uma sala para passar a noite. Ainda nesta terça, o Ministério Público recomendou que a Prefeitura de Teresópolis dê apoio às famílias.
“Eles chegaram com medo de ter as famílias desfeitas. Como aqui existem documentos importantes e sigilosos, os conselheiros também passaram a noite no local, o que será mantido até que as famílias tenham para onde ir”, explicou uma representante do Conselho.
As famílias que estão no conselho moravam no bairro do Rosário e há 25 anos tiveram que sair de suas casas por causa de uma tragédia natural que atingiu a região. Desde então elas recebem o aluguel social, mas os recorrentes atrasos nos pagamentos levaram ao despejo.
“Estamos aguardando uma posição do governo agora. Não podemos ficar nas ruas com as crianças. Temos direito ao aluguel e queremos isso. É uma situação muito complicada, gostaríamos de estar em nossas casas, mas elas foram interditadas. O que vamos fazer agora?”, lamenta um dos homens que está no Conselho Tutelar.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Teresópolis para saber se o município vai auxiliar as famílias, conforme orientação do Ministério Público. Por e-mail, o governo municipal informou que a equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social está acompanhando a situação e conversando com as famílias acolhidas pelo Conselho Tutelar. A reportagem também questionou a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos Governo do Estado sobre o pagamento do benefício, que disse, apenas, que aguarda um posicionamento da Secretaria de Fazenda para realização do pagamento.
Fonte: G1 Região Serrana